A solidão
De saber que você
Tomou a pílula errada
E não saiu da Matrix
Ê, vida sedada
Cultivada de vícios
e obsessões
A lucidez (ou não)
De se perceber
Mais um
No estouro da manada
Ê, vida bandida
Ladeada de rios de bosta
Poços de esgoto
E fel
A raiva
De se conduzir
Rio acima
E nunca encontrar um mar
Ê, vida enganada
Rajada pelos ventos
Da destruição, egoísmo
Ódio e inveja
A sorte
De ter a barriga cheia
E
Sobre a cabeça
Um teto
Ê, vida sofrida
(Eita vida boa aperreada!)
Os olhos
Dois orbes
Refletindo sofrimento e dor
Em um mundo
Governado
Pelo DINHEIRO
Aqui jaz T.
Um filha da puta
Sem paciência.