14 de fev. de 2009
E como se ela fosse correr dali como quem corre da morte, no mesmo instante colou seus lábios nos dela, e desfez o beijo na boca carnuda em tantos outros no pescoço branco e esguio, enquanto acarinhava os cabelos pretos. No caminho topou com a nuca e aninhou seus beiços ali. Suas mãos agarravam as nádegas dela com ferocidade, puxando-a contra seu pênis, que se avolumava nas calças. As mãos, que antes o empurravam em franca negação, hesitavam no ar, os dedos abertos em leque. Ela sentia seu sexo, agora rijo a latejar contra as coxas e sua língua serelepe na orelha, uma das suas mãos agora segurando a cabeça com firmeza enquanto a outra ia descendo pelas costas, contornando o corpo, no ventre, e então sentiu seus dedos grandes friccionando a boceta. Os dedos dela curvaram nas suas costas, fazendo as unhas rasgarem a pele, quando um dos dedos dele começou a brincar com o clitóris. A pele era só arrepio e as mãos puxavam-no com força, quase fazendo os corpos ocuparem o mesmo espaço. Abriu com uma das mãos a porta do almoxarifado e puxou a cadeira de rodas que estava estacionada na frente, já não queria saber se iria ser pega ou demitida. Ele puxou a calça que marcava muito a bunda dela, jogou a calcinha em uma das prateleiras. Sua língua explorava cada milímetro da vulva, ela já não tinha vontade própria, de pé, braços apoiados na porta, os mamilos pulsando, róseos, todo o corpo pedia sexo. Empurrou o rapaz na cadeira de rodas, voltou a trancar a porta e tirou a blusa amarela que vestia o mais rápido que pôde. Não usava sutiã e agora podia-se ver os seios fartos, os bicos duros, a cara de cadela no cio. Abriu o zíper do seu jeans e empunhou seu cacete, lambendo as bolas enquanto o masturbava. Montou na cadeira de rodas, ainda segurando seu órgão pulsante com uma das mãos, posicionando-o na entrada da vagina. E então esqueceu quem era. Todo seu pensamento concentrou-se na sensação de prazer que emanava do genital em brasa, o membro entumecido mergulhando fundo nela. As únicas partes do corpo que controlava eram os quadris e as pernas, que se mexiam apenas no intuito de perpetuar o gozo. As mãos crisparam-se em torno do metal gelado da cadeira, e então ouviu os próprios gemidos, e sentiu o corpo adormecido tremer inteiro, os dedos dos pés dobrando, o suor viscoso escorrendo na pele, ouvia a própria voz, mas não era ela falando "mete, filho da puta!". Aí, quando pensou que os sons dos gritos e gemidos poderiam arremessar longe a porta do almoxarifado, quebrando chaves e cadeados, ela acordou. Estava exausta e visivelmente suada, mas as únicas coisas de que tinha consciência eram os gemidos distantes ecoando na cabeça e uma sensação estranha entre as pernas. Achou tudo muito esquisito, mas lembrou-se que tinha o que fazer. Ajeitou o sutiã que estava incomodando, tirou a saia que arrastava por debaixo dos chinelos, fechou a porta do almoxarifado e começou a levar as cadeiras de rodas pro andar de cima.
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