Sangra calado, metade sórdida de mim!
Costumas ocluir minha boca com teu silêncio
Quando me vês sangrar
(Breve) o meu e o teu desejo serão um só
Antes disso hei de ver teu sangue me dar força
Teu grito de dor há de se somar ao meu
Porque agora tenho a chave dos meus grilhões
És tu que sentes o açoite na derme, não eu
Escreverei meu nome com teu sangue
No avesso de mim (que és tu)
Pra me (te) lembrar que a dor do chicote na pele
É infinitamente menor que a dor do silêncio na alma
Esquecer-te-ei, então
Nos porões do meu ser
Tua voz inaudível
(Como outrora foi a minha)
Sofre calado, escória!
Tua lágrima é a minha
E estou farto de me ouvir chorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários.txt - Bloco de notas