6 de nov. de 2012

Carta a um grande amor:

Te amo demais.
Às vezes me dá uma agonia, uma vontade de jogar tudo pro alto, mandar meio mundo à merda e ir te buscar, onde estiveres.
Me dá uma sensação de impotência gigante, saber que existe tanto amor, tanto sentimento em jogo, e a gente cozinhando isso em banho-maria, esperando que se concretizem planos e metas socialmente exigidos.
Tempo é algo que não volta; o que temos hoje não há dinheiro, status ou realização pessoal que pague.
Às vezes não entendo por que raios inventaram esse monte de coisas inúteis, ficar engolindo conhecimento que, na maioria das vezes, nem é prático.
Acho que foi por isso que fiquei meio triste hoje, por lembrar desses empecilhos absurdos, desses obstáculos ridículos, quando a felicidade está num abraço, num beijo e num sorriso, bens gratuitos e de fácil acesso, tanto a doutores quanto a analfabetos.
Fica bem, amor.

E vai treinando esse sorriso, que eu já estou chegando.