17 de set. de 2013

Cadê você
Heróina de armadura reluzente?

Os abutres nos consomem o futuro
Em nuvens de fumaça
E balas de borracha

Cadê você
Sua espada de luz?

Pois se até cegos podem ver
A bruxaria que corrompe
Por que ignoras nosso pesar?

Cadê você
Guerreira imaculável?

Vem brandir teu poder
E açoitar de penitência
Esses parasitas
Esses cães sarnentos
Transmitindo essa doença insolente

Cadê você Justiça?
A tua balança, o teu julgamento?

Quando foi que resolveste tirar férias
E nos deixaste neste inferno de Dante
Nesta comédia não-divina que fazem de nós
Dia-a-dia?