29 de mar. de 2009

Porque nunca vai existir recompensa maior que um sorriso sincero.

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-Que estranho, parece que a gente se conhece há tanto tempo, né?
-É, é sim...

28 de mar. de 2009

"A rapadura é doce, mas não é mole, não."

Ditado popular.

26 de mar. de 2009

Deixa eu ficar aqui, meu bem, aqui, agora, presente, hoje, deixa eu ficar onde eu posso te segurar num abraço e beijar-te a boca, deixa eu ficar aqui, nesse instante, onde eu posso olhar nos teus olhos quando vou dizer que te amo, deixa eu ficar aqui, deixa, onde para a felicidade não há como nem porquê, deixa eu ficar aqui, meu amor, ainda há tempo, sempre vai haver, deixa eu ficar aqui, aqui contigo, deixa, o que tiver de ser, será, tenho riso, sim, de orelha a orelha, mas tenho também lágrimas, dúvidas, incertezas, sou gente, de carne, osso e medo, portanto fica aqui, comigo, agora, aqui, presente, aqui, hoje, mas, quando voares, quando buscares o amanhã, leva-me, contigo, onde fores, no teu coração: não há limites, pois, para tuas asas, muito menos para o meu amor.

23 de mar. de 2009

-Existe uma anos-luzmétrica distância entre o querer e o poder, meu filho.
-Ok. Vou preparar meu foguete.

22 de mar. de 2009

Ano é o período de tempo correspondente à revolução da Terra em torno do Sol, que equivale a 365 dias, 6 horas, 13 minutos e 53 segundos. N(amor)o é toda e qualquer circunstância em que o universo inteiro em volta importa menos que o abraço. Érica é um nome próprio de origem norueguesa e que significa 'sempre poderosa'; indica uma pessoa perseverante, que realmente se dedica ao que faz, tímida por fora, mas que, no íntimo, se orgulha dos seus inúmeros talentos e de sua romântica sensualidade.

Agora imagine 365 dias, 6 horas, 13 minutos e 53 segundos em que abraçar uma pessoa (perseverante, que realmente se dedica ao que faz, tímida por fora, mas que, no íntimo, se orgulha dos seus inúmeros talentos e de sua romântica sensualidade) importou mais que o universo inteiro em volta. Multiplique isso por todos os dias, horas, minutos e segundos em que não se pôde abraçar essa pessoa. Esqueça o resto do universo com certa frequência. Misture com saudade, carinho, ternura e tolerância.

Agora falta pouco. Tenha um pouco de sorte, saiba desenhar razoavelmente, goste de música e chocolate, comece a escrever, diga "Eu te amo" sempre que puder (de preferência baixinho, no ouvido), saiba fazer uma boa massagem, torça pelo Campinense, mime com presentes de vez em quando/sempre, assovie com perfeição, goste de viajar (de preferência de madrugada), entre outros atributos diversos.

Pra completar, conheça uma pessoa que reúna as características embutidas no nome Érica, que aprecie todas as suas qualidades e entenda seus defeitos, que saiba dialogar (e brigar, quando preciso), que encante com seu jeito de ser, que receba com um sorriso cada gesto, por menor que seja, que se deslumbre com presentes (e, às vezes, com a falta deles), que abrace como se fosse a última vez e beije sempre como a primeira, que diga "Eu te amo" de uma forma que as palavras o façam se sentir amado.

Adicione Dias e Oliveira a Érica, junte tudo e tenha a convicção de que não há felicidade igual.



Pronto.
Você acaba de entender o que um ano de namoro com Érica Dias Oliveira significa para mim.

Feliz 1º aniversário de n(amor)o, branquinha.

21 de mar. de 2009

Perguntado pela repórter, microfone empunhado feito espada, sobre o que queria ser quando crescesse, o garoto enxotou o cão de perto dos sacos de lixo, deu uma senhora dentada no pão visivelmente embolorado e disse sorrindo, como se segurasse um belo sanduíche de presunto à la Chaves da essebetê:

-Quero ser gente.

15 de mar. de 2009

-Eu ia pedir pra você vir com aquela calcinha azul, aquela da primeira vez que a gente foi pra cama...

Pirava de vê-la daquele jeito, só de calcinha.
Só de calcinha, repetia pra si mesmo, enquanto tirava-lhe a roupa.

Fazia isso sempre devagar. Pedia que virasse de bruços.
Aliás, pirava de apertar-lhe a bunda também. Bunda gostosa do caralho, era quase um mantra. Ecoava na cabeça, enquanto descia a mão no escorrego das costas e então apertava forte nas nádegas.

Tirava primeiro a blusa.
Era quase um cego. As mãos liam o braille da pele.
Começava na nuca, pousava a cabeça dela nas mãos para beijá-la. A língua então ia na orelha, a mão já descendo no pescoço.
Puxava-a pra perto. Lambia-lhe os mamilos. Detia-se nos seios. As mãos seguravam forte nos quadris.
Beijava-lhe o colo e então descia, lambia o corpo até o umbigo.

-Eu coloquei uma melhor.
-Foi? Mostra.

Beijava a barriga enquanto desabotoava a calça e abria o zíper. Beijava as coxas, a virilha, mas gostava de observar seu corpo, assim, só de calcinha.

-É verdade, essa é bem melhor mesmo. Gostei.

Em verdade, pirava mesmo de vê-la nua.
O fato de que ela se entregava daquele jeito excitava-o tanto que preferia postergar ao máximo o momento em que a iria penetrar. O momento em que iria desviar a atenção de seu corpo.
Então fazia carinhos, lambia-lhe o sexo por sobre a calcinha. Friccionava o cacete en garde sobre o clitóris.

Quando tirava a calcinha, lambia cada centímetro de pele, cada reentrância. Refazia o caminho de volta até o pescoço. E levantava. O momento em que iria desviar a atenção de seu corpo.
Nesse ponto olhava-a na face. Beijava-lhe os lábios e o pescoço enquanto concentrava-se no movimento. Não queria nem gostava de desapontá-la.

-Vem.

Não gostava quando acontecia rápido demais. Quando não conseguia segurar-se.
Penitenciava-se.

Preferia se cansar. Sentir seu suor misturando-se com o dela. Ouvir o gemido baixo.
Às vezes, não ouvir gemido. Sentir apenas o movimento de seu quadril, pedindo mais.
As unhas cravando nas costas. Aquilo também o excitava.
Pirava com a forma com que ela puxava-o com as mãos, ajudando-o a penetrar. Com tudo aquilo.

Em verdade, mesmo, pirava com ela.

-Foi ótimo.

Sabia que não. Tinha sido muito rápido dessa vez.
Mas viu o sorriso em seu rosto. Viu o jeito como ofereceu a língua ao beijo. É, tinha sido ótimo mesmo. Machismo idiota de relacionar prazer com resultado.

Pra ela importava o caminho. As mãos e os lábios na pele. A intenção por trás do sexo.
Pirava naquela garota.

-É, foi sim.

Ela sorria enquanto arrumava o cabelo em frente ao espelho, só de calcinha. A calcinha que tinha escolhido para aquele dia.
Sorriu também. Abraçou-a por trás, beijando-lhe as costas.

-E essa é bem melhor mesmo. Gostei.

Pirava de vê-la daquele jeito, só de calcinha.

10 de mar. de 2009

Tomando nota:

"-Ah, esses teus olhos cor de mel...
-E desde quando mel é verde?
-Quer trepar?
-Quero."

De: Café com Cigarros

9 de mar. de 2009

Abraçou-a forte e olhou fundo em seus olhos castanho-escuros, torcendo para que conseguisse se enxergar dentro dela.

-Isso só acontece uma vez na vida, sabia?
-O quê?
-Isso aqui...

Viu a si mesmo, o reflexo de sua vida brilhando naquelas pupilas negras, naquele rosto feminino emoldurado em um sorriso. Pensou no que havia dito um dia antes: tem momentos que a gente podia simplesmente pausar, né... viver pra sempre nele? A verdade daquela frase tornou-se tão evidente, os dois ali abraçados. Ele olhando fundo nos olhos dela enquanto falava. Pensou naquilo enquanto gravava o momento, uma lágrima insistindo em brotar de seus olhos. Poderia vivê-lo de novo, sempre, quando quisesse.

-...esse sentimento.

E como lesse sua mente, ela enxugou seus olhos com o dedo, pôs a mão em seu rosto. Ainda o mesmo sorriso bonito a adornar a face. Os lábios abriram, deixando passar a voz mansa, quase um balbucio:

-É verdade. A gente tem que aproveitar né? - passou os braços em seus ombros e beijou sua boca. Fecharam-se os olhos.

O tempo parou. Ainda estão lá: abraçados, de olhos fechados, enquanto ele dorme, enquanto come, enquanto escova os dentes, enquanto assovia, enquanto lê.

Enquanto escreve.

8 de mar. de 2009

Sangra calado, metade sórdida de mim!

Costumas ocluir minha boca com teu silêncio
Quando me vês sangrar

(Breve) o meu e o teu desejo serão um só

Antes disso hei de ver teu sangue me dar força
Teu grito de dor há de se somar ao meu
Porque agora tenho a chave dos meus grilhões
És tu que sentes o açoite na derme, não eu

Escreverei meu nome com teu sangue
No avesso de mim (que és tu)
Pra me (te) lembrar que a dor do chicote na pele
É infinitamente menor que a dor do silêncio na alma

Esquecer-te-ei, então
Nos porões do meu ser
Tua voz inaudível
(Como outrora foi a minha)

Sofre calado, escória!
Tua lágrima é a minha
E estou farto de me ouvir chorar.

5 de mar. de 2009

Fazia algum tempo que não a via com aquela cara. Tinha 'sexo' estampado em seu corpo. Gata no cio a me devorar com aqueles olhos de fogo. Me empurrou na cama. Mergulhei minha língua em sua boca. Meu corpo sobre o seu. As unhas rasgaram a carne. Senti suas pernas cruzando atrás de mim. E a voz mezzo sussurro, mezzo gemido, ecoando em meu ouvido, baixinho. Tá, agora pára um pouco de me beijar e penetra, vai... Naquele momento eu me senti como da primeira vez em que a encontrei daquele jeito, felina. Dois bichos. Dois pedaços de brasa, soltando faísca no atrito. Duas vezes em que alguns minutos valeram por horas. Circunstâncias em que cada célula do meu corpo gritou silenciosamente por mais.

Mais dela, mais de mim. Dane-se o resto.
Pena que o que é bom dura pouco.
Tomando nota:

"-Tenho um coração de pedra - Ela se defendeu.
-Tenho uma dinamite de carne bem aqui - Ele atacou.
Explosões foram ouvidas à distância."

De: Casa de Paragens

3 de mar. de 2009

Tomando nota:

"Vou beber até ver duas garçonetes.
Quem sabe uma delas resolve dar pra mim."

De: Boteco do Tulípio
Chegou.
Linda, como sempre.
Quente, como nunca.

Fritou minha pele
E molhou meus lábios.

(Só faltou vir, nua
Num bolo de morango
Com chantilly.)
-Vem cá, amor. Senta aqui.
-(...)



- Que há contigo?
-Nada.
-Conversa tua... Te conheço.
-Nada... É só que eu tenho pensado.
-Pensado em quê?
-Pensado.
-Em quê, oras?!
-Em tudo, na vida. Sei lá.



-Posso pensar contigo?
-Pode, ué.
-(...)



-(Te amo.)



-(É. Eu também.)



-Obrigada... Por me entender.
-De nada.