8 de mar. de 2009

Sangra calado, metade sórdida de mim!

Costumas ocluir minha boca com teu silêncio
Quando me vês sangrar

(Breve) o meu e o teu desejo serão um só

Antes disso hei de ver teu sangue me dar força
Teu grito de dor há de se somar ao meu
Porque agora tenho a chave dos meus grilhões
És tu que sentes o açoite na derme, não eu

Escreverei meu nome com teu sangue
No avesso de mim (que és tu)
Pra me (te) lembrar que a dor do chicote na pele
É infinitamente menor que a dor do silêncio na alma

Esquecer-te-ei, então
Nos porões do meu ser
Tua voz inaudível
(Como outrora foi a minha)

Sofre calado, escória!
Tua lágrima é a minha
E estou farto de me ouvir chorar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários.txt - Bloco de notas