20 de jul. de 2016

A solidão
De saber que você
Tomou a pílula errada
E não saiu da Matrix

Ê, vida sedada
Cultivada de vícios
e obsessões

A lucidez (ou não)
De se perceber
Mais um
No estouro da manada

Ê, vida bandida
Ladeada de rios de bosta
Poços de esgoto
E fel

A raiva
De se conduzir
Rio acima
E nunca encontrar um mar

Ê, vida enganada
Rajada pelos ventos
Da destruição, egoísmo
Ódio e inveja

A sorte
De ter a barriga cheia
E
Sobre a cabeça
Um teto

Ê, vida sofrida
(Eita vida boa aperreada!)
Os olhos
Dois orbes
Refletindo sofrimento e dor

Em um mundo
Governado
Pelo DINHEIRO

Aqui jaz T.
Um filha da puta
Sem paciência.