Lágrima, corre, por favor, nestes meus olhos secos de emoções, eu te peço, salga minha face trêmula, não consigo mais segurar-te; tantas e tantas vezes, recluso, prometi pra mim mesmo não desperdiçar-te à toa e te reti nas dobras de minhas pálpebras no intuito falso de fazer-me forte; tantas outras vezes, porém, vi minha fraqueza marcada no rosto inseguro e precisei da tua ajuda para quebrar a promessa; não tardes a vir... te juro que dessa vez choro-te de felicidade, mas podes ficar aí um pouco, a marejar os olhos calejados; desce devagar o canto, deixa-me aproveitar um pouco o pouco que resta do choro que me conforta...
... e obrigado, hoje te vejo partir com um sorriso.
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